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Feminilização da AIDS

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com o programa conjunto da Organização das Nações Unidas (ONU) para HIV, cerca de 30,4 milhões de pessoas em todo mundo estão infectadas com o vírus da AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida). As relações sexuais respondem por 58% dos casos de AIDS entre homens e por 86% dos casos entre mulheres.
Por Liliane oliveira
No Brasil também é crescente o número de mulheres infectadas, principalmente na faixa etária de 35 anos ou mais.  AIDS é a quarta causa de mortes de mulheres de 10 a 49 anos e a primeira causa entre doenças infecciosas no país. De acordo com os dados do dossiê (Mulheres Com HIV) desenvolvido pelo Instituto Patrícia Galvão de comunicação e mídia.
Segundo Edson de Souza, ginecologista coordenador da pesquisa sobre HIV em mulheres e crianças para Fundação Osvaldo Cruz vários são os fatores que explicam a feminilização da AIDS no Brasil “O aumento do números de mulheres casadas e monogâmicas que são contaminadas pelos parceiros, também a redução da imunidade no ciclo gravídico favorece a transmissão materno-infantil, bem como o comportamento de liberalização sexual assumido por muitas mulheres, entretanto, a principal razão ainda é  a transmissão através do sexo desprotegido”avalia.
O obstetra entende ainda, que na luta contra a feminilização da AIDS é fundamental a conscientização da população e o processo educativo contra a transmissão da doenç, pois apesar dos coquetéis (medicamentos anti-retrovirais) disponíveis que até podem prolongar a expectativa de vida dos à cura definitiva está longe de ser alcançada em razão da extrema mutabilidade do vírus.
Fatores biológicos tornam as mulheres mais passíveis de contaminação é o que a firma a bióloga Gabriele Dias. “Os órgãos genitais femininos são mais frágeis, pode ocorrer um ferimento durante da relação sexual. As superfícies de contato (tecidos) femininas que ficam expostos fluídos seminais são muitos maiores na mulher” argumenta Gabriele.
Já, a assistente Social Leilane Batista afirma que fatores sociais são significativos para o processo de feminilização da AIDS. “Nas relações heterossexuais as mulheres não tem autonomia para impor o uso de preservativo porque muitas vezes são financeiramente dependentes. São obrigadas a se exporem ao risco quando o parceiro se recusa a usar camisinha, uma espécie de prova de confiança” explica.





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