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Caps: rede de atenção à saúde mental

Resgate para a cidadania

Por: Tâmires Ribeiro


O CAPS de Amélia Rodrigues possibilita aos pacientes com transtornos mentais um ambiente em que os usuários convivam como pessoas normais. A equipe não usa roupas hospitalares para manter um clima mais agradável.
“Sofro de distúrbio bipolar e depressão, antes minha vida era um inferno, mas hoje sou outra pessoa, amo o CAPS, para mim ele é como uma família e sem ele não consigo viver” relata Norma Vasconcelos, usuária do serviço.
Criado para ser substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos, o CAPS é um Centro de Atenção Psicossocial, um lugar de referência e tratamento para as pessoas que sofrem com transtornos mentais. Através da inserção social pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício de direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários, essas pessoas poderão ter uma nova chance de participar da sociedade.
Segundo a coordenadora do CAPS I, Natecia Cardoso, o sistema atende pessoas que por algum motivo apresentam impossibilidade de viver e realizar seus projetos de vida. São, de preferência, pessoas com transtornos mentais severos e/ou persistentes incluindo os transtornos relacionados às substâncias psicoativas (álcool e outras drogas) e também crianças e adolescentes com transtornos mentais. Para ser atendida, a pessoa pode procurar por esse serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família ou por qualquer serviço de saúde. Pode ir sozinha ou acompanhada, devendo procurar, preferencialmente, o CAPS que atende à região onde mora.
Os projetos desse serviço muitas vezes ultrapassam as barreiras físicas, pois há a preocupação com o sujeito, sua singularidade, história, cultura e o seu cotidiano. A prova está estampada nos rostos dos pacientes. “Já tentei suicídio, mas depois que conheci o CAPS, a minha vida mudou. Sofro de depressão, mas com a ajuda da família CAPS estou enfrentando minhas dificuldades”, disse Maria Hidália que já é usuária do serviço há dois anos.
O serviço tenta fazer com que os seus pacientes se sintam à vontade, para conviver como pessoas normais, e não vivam presos, mas sim inseridos na sociedade. A cidade de Amélia Rodrigues apresenta 500 usuários cadastrados. Com uma equipe composta por um grupo de diferentes técnicos de nível superior e de nível médio.

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