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Reajuste salarial dos professores provoca greve e polêmica.

Por Alana Nery

O Governo da Bahia não cumpriu o aumento de 22,22% do salário dos professores e a categoria decidiu ir às ruas para reivindicar melhorias na remuneração. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) decidiu fazer uma paralisação dos professores em todo o Estado desde o dia 11/04, e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) declarou o movimento grevista como ilegal exigindo o retorno de parte dos professores.

Rita de Cássia, professora do ensino básico de um colégio estadual de Feira de Santana, critica o governo Jacques Wagner por instituir uma multa diária de R$50 mil para a APLB, caso não haja o retorno imediato às atividades. “É por mais esse motivo que sou a favor da greve dos professores. Não podemos nos intimidar e deixar de reivindicar os nossos direitos. A greve deve ser mantida, a educação deve ser favorecida e o Governo do Estado deve cumprir o piso salarial que o Governo Federal determinou”, desabafa. 

O reajuste do piso nacional para os professores do ensino básico foi anunciado no mês de março pelo Governo Federal. Conforme as normas, o piso deve ser reajustado anualmente de acordo ao crescimento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). 

O salário dos professores passou de R$ 1.187,00 para R$ 1.451,00. Esse aumento representa cerca de R$7 bilhões para as prefeituras e governos estaduais, uma vez que remonta pagamentos para profissionais aposentados, contratação de novos professores e salários dos atuais docentes.

Em entrevista ao site do Ministério da Educação e Cultura (MEC), Aloizio Mercadante, ministro da Educação, assegura que a lei é necessária para a categoria. “O critério atual tem permitido uma recuperação salarial forte. É verdade que alguns Estados e municípios estão com dificuldade, mas o piso que temos hoje é um pouco mais do que dois salários mínimos. É um equívoco o Brasil perder a perspectiva de continuar recuperando o piso salarial”, afirmou.

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