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Vários papéis, inclusive mãe.

Entrevista dia das mães, com Luzinete Almeida Prado
Texto Valdenir Lima

Luzinete Almeida Prado é daquelas mulheres que se pode chamar de mãe moderna, de guerreira, é técnica de enfermagem, tem dois empregos, cuida de quatro filhos com idades de 5 a 13 anos, não tem marido (o marido fugiu), faz faculdade de Serviço Social (à distância) e, atualmente está sem empregada. Ela é nossa personagem para traçar um perfil do ato de ter filhos na atualidade. Em nome dela, homenagearemos todas as mães. 

Espalhafatos – O que é ser mãe para você?
Luzinete Prado - Ser mãe para mim é, ser médica, enfermeira, professora, cozinheira, arrumadeira, motorista, pedagoga, durona, coração de manteiga, e às vezes delegada. É achar forças onde se pensa que não existe mais, é ter jogo de cintura para superar todas as dificuldades.
Espalhafatos – Como é ser mãe, com tantas ocupações, trabalhar em dois lugares, estudar, dá tempo para o carinho nos filhos?
L P – Não é fácil, mas meus filhos não reclamam. Vejo os deveres de todos antes de dormir, conto estórias, brincamos, graças a Deus minha família é muito unida.
Espalhafatos – E como é dar conta de dois empregos, você trabalha aqui em Feira mesmo?
L P – Não, aqui e em Anguera.
Espalhafatos – E o salário compensa? você acha que ganha o suficiente para o tamanho da família? 
L P – Ninguém está satisfeito com o que ganha, mas acho que tenho rendimento maior que a grande maioria da população.
Espalhafatos – O que foi pior parir ou criar os filhos?
L P – Sem dúvida, criar, ter filhos é uma coisa mágica, só sabe o que é filho quem já pariu. Agora, criar é a parte difícil, dura mesmo, a pessoa tem que ter sabedoria, paciência, compreensão, isso é ser mãe.
Espalhafatos – No dia das mães o que você gostaria de ganhar de presente?
L P – Olha, toda mãe quer receber um belo presente, mas bem material uma hora acaba, o que eu mais quero deles, é compreensão, dedicação, responsabilidade, carinho e ter eles por perto. Se eu tiver isso deles por toda a vida, morrerei feliz.
Espalhafatos – Você é uma mulher muito bonita, está namorando, ou ficou sempre sozinha?
L P – (Risos). Passei alguns anos sozinha, perdi a confiança nos homens, é muito difícil arrumar namorado quando se tem filhos. Estou namorando há três anos. É uma cara legal e respeitador. Ele é enfermeiro, viúvo, tem dois filhos, mas é vida de casal moderno, é ele na casa dele e eu na minha. Cueca na minha casa só dos meus filhos.
Espalhafatos – Nas horas de folga o que você mais gosta de fazer, qual seu hobby preferido?
L P – Eu gosto de ouvir música, cinema, mas, o que mais gosto é de poesia. A poesia me leva por lugares imaginários, me faz esquecer todas as durezas da vida, me transpõe, eu me sinto abduzida.
Espalhafatos – Tem algum poema preferido?
L P – Sim, é da Alice Ruiz, não me lembro  o título, quando li esse poema me senti dentro dele, fazendo parte dele, então nunca mais o esqueci.

Enchemos a vida de filhos
Que nos enchem a vida
Um me enche de lembranças
Que me enchem de lágrimas
Uma me enche de alegrias
Que enche minhas noites de dias
Outro me enche de esperanças
E receios
Que me enche os seios

Alice Ruiz

Espalhafatos – Se tivesse que fazer você faria tudo de novo?
L P – Com certeza, sou da guerra, sou brasileira, sou de sagitário e não desisto nunca.



 












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