.

Chuvas trazem alegria para o campo

Valdenir Lima
Jornalismo Digital


As chuvas de inverno que caíram recentemente na região de Feira de Santana trouxe um grande alívio às populações que residem e sobrevivem na zona rural. No distrito de Matinha a situação estava crítica, os animais já passavam fome e sede, e as plantações foram perdidas quase que na sua totalidade.
A propriedade de João dos Santos, que tem 55 tarefas, estava em estado precário. A pastagem não existia mais e as primeiras cabeças de gado e ovelhas já começavam a morrer de fome. “Com as chuvas, a esperança renasce, já comecei a plantar mandioca e milho, o feijão planto daqui a quinze dias, se tudo correr bem vou sair desse sufoco”, desabafa.  
A lavradora Maria Oliveira Carneiro passou por situação ainda pior, das 23 ovelhas e cabras que criava só sobraram duas. “É muito triste ver os bichinhos morrerem de fome, só não passamos por isso porque sou aposentada”, fala com lágrimas nos olhos.
Na roça de Sebastião Moreira nem mandioca sobreviveu, se ele não vendesse os bichos antes, tinham morrido. “Foi a pior seca que já vi. Para a estiagem a gente se previne, mas para a seca não tem preparação. Para onde levar o gado se não tem pasto nem daqui a 500 km?”, questiona.
O Distrito de Matinha é formado por agricultores familiares, onde também são criados pequenos animais, e as principais plantações são a mandioca, milho, feijão, amendoim, batata e frutas. 
No dia 20 de maio, o blog Espalhafatos constatou os efeitos seca. Coqueiros, mandacarus e palmas morreram por conta do sol intenso. Mesmo após a chuva, eles continuam murchos. Segundo Maria Oliveira, estas são as únicas fontes de alimento para os animais que sobreviveram, e após as chuvas ainda levará aproximadamente trinta dias para novas plantas brotarem.

Deixe um comentário