.

Uefs adota cotas sociais para ingressos no ensino superior


Por Laiane Cruz

O Superior Tribunal Federal (STF) julgou no dia 26 de abril que o sistema de cotas raciais nas universidades públicas é constitucional. As cotas permitem que alunos autodeclarados afrodescendentes ou pardos tenham maiores condições de ingressar no ensino superior.

Na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) o sistema cotas já funciona há algum tempo. Para Railma dos Santos, integrante do Núcleo de estudantes negros e negras da Universidade (Nennuesf) a decisão do STF só vem confirmar a necessidade da adoção dessa política pelas instituições de ensino superior públicas.

Segundo Railma dos Santos, um estudo realizado em 2003 por uma comissão para cotas na instituição constatou que nos cursos de maior prestígio social, como o de Direito e Medicina, a presença de estudantes afrodescendentes e vindos de escolas públicas era minoria. 

“Após esse levantamento a política de cotas foi implementada na Uefs. E nós acreditamos que ela não é excludente, mas sim visa amenizar um problema histórico”, disse a integrante do Nennuefs.

De acordo com o Reitor da Uefs, José Carlos Barreto, o que existe na realidade é uma reserva de vagas para alunos que tenham cursado pelo menos cinco anos em escola pública, ou seja, cotas sociais, que levam em consideração a origem educacional dos ingressos e a renda familiar. 

“Atualmente nós destinamos 50% das vagas a esse público. A questão é que a maioria desses candidatos se autodeclaram afro descendentes, portanto são os mais beneficiados. Mas, se o aluno for negro, porém tiver vindo de escola particular não entrará pelas cotas”, explicou o reitor.

Categorias:

Deixe um comentário